Viagens de negócios tenderão a ser mais caras
As viagens de negócios estão a regressar de novo com as feiras e congressos a abrir gradualmente. No entanto, sob que condições é que as viagens de negócios serão novamente possíveis e como é que as condições sanitárias podem ser prevenidas? De acordo com especialistas que trabalham este segmento de negócios, do lado das empresas, as regras e os planos já foram determinados.
De acordo com o inquérito realizado pela AirPlus Internacional, através de entrevista a um total de 743 gestores de topo na Alemanha, EUA, Reino Unido, China, Itália e França, incluindo administradores executivos, chefes de departamentos financeiros e chefes de departamentos de vendas, mais de 90 por cento das empresas já informam os seus empregados sobre restrições de entrada e quarentena, ou têm planos para o fazer. Para além disto, mais de metade (51%) já estabeleceram as suas próprias regras sobre os países para onde podem ou não viajar. Mais de um terço (35%) está actualmente a planear este tipo de procedimento prévio.
Para evitar surpresas em termos sanitários, os viajantes de negócios estão cada vez mais a ser autorizados pelas suas entidades a escolher, nas reservas, classes de categoria superior nos transportes. Os aviões são considerados muito seguros graças aos filtros de ar, mas quase metade dos inquiridos disseram que também permitiriam aos seus empregados viajar em classe executiva ou em primeira classe nos comboios. Estão, também, incluídas nas opções as ligações directas, em detrimento das mudanças ou transferências durante as viagens para evitar múltiplos pontos de contacto.
Actualmente, a procura de voos por parte das empresas ainda está 64% abaixo dos valores registados antes da pandemia. As companhias aéreas aguardam pela retoma do número de reservas obtido anteriormente no segmento de viagens de negócios. Como incentivo, várias companhias aéreas estão a lançar campanhas promocionais, com descontos apreciáveis, ou até a possibilidade de escolha de classes de reserva mais elevadas, mostrando que também aceitam suportar custos mais elevados, para conseguir captar de novo estes viajantes. Em qualquer caso, os líderes empresariais estimam (59%), que os preços mostrem, a longo prazo, uma tendência de crescimento. Esperam que os preços sejam mais elevados no transporte e no alojamento, em comparação com o período antes da pandemia, enquanto apenas 8% estimam que estes valores irão diminuir.
Apesar dos custos mais elevados e do esforço acrescido, as viagens de negócios continuam a ser importantes, pelo que 80% dos gestores de topo inquiridos ainda consideram que o contacto pessoal com clientes e fornecedores é indispensável. Como resultado, pouco menos de metade dos inquiridos (48%) espera mesmo que se realizem mais viagens de negócios nos próximos dois a três anos, comparativamente a 2019. Globalmente, cerca de três quartos das empresas ajustaram as suas políticas de viagens em resultado da pandemia e 72% também planeiam manter os ajustamentos por tempo indeterminado.
16 Setembro 2021